O Fundão vai testar protótipos de gestão de estacionamento e de pontos de carregamento inteligentes com a perspetiva de serem introduzidas no mercado soluções mais eficientes.

A Câmara Municipal do Fundão vai requalificar a Praça Amália Rodrigues, onde o piso passará a ter, por exemplo, alguns sensores e outra tecnologia de nova geração, para recolher dados que ajudem a melhorar o estacionamento inteligente.

Segundo o presidente da autarquia, Paulo Fernandes, a área vai ser utilizada para testar “abordagens inteligentes e bastante mais automatizadas relativamente à gestão de parques de estacionamento, assim como novos equipamentos integrados que facilitem o carregamento, mas também possam ter outro tipo de obtenção de dados, que possam ir desde a iluminação pública até leituras ligadas à qualidade do ar”.

As duas linhas do projeto na área da mobilidade Route 25, implementado por um consórcio de vários parceiros, estão enquadradas nas candidaturas das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência e representam um investimento de 245 mil euros.

À agência Lusa, Paulo Fernandes explicou que, até ao próximo verão, vai ser feita a afinação final das abordagens de nova geração tecnológica, para se transformarem em produtos e “poderem ser replicados no país e no mundo”.

O autarca enfatizou o desejo de ver estes projetos fazerem diferença no quotidiano das pessoas.

“É uma forma de entendermos aquilo que é hoje a promoção do desenvolvimento dos nossos territórios, em que os municípios não só são agentes que criam as condições para o desenvolvimento de ecossistemas, no caso do Fundão empreendedor e tecnológico, como somos nós próprios também executores”, disse o presidente da Câmara do Fundão.

De acordo com o autarca, o estacionamento inteligente, e a recolha de dados que vai ser feita, pode ajudar os municípios a tomar decisões sobre a gestão do espaço público, em função das áreas de maior pressão, enquanto os cidadãos podem ter informação imediata, por exemplo, através do telemóvel, onde há lugares disponíveis na cidade.

No caso do parqueamento, o sistema que está a ser desenvolvido pelo consórcio “não precisa de tantos equipamentos fixos” para o seu funcionamento, o que também reduz custos.

Os pontos de carregamento de viaturas a testar vão integrar “componentes de iluminação” e recolher dados sobre outros aspetos da vida na cidade, além de fazerem medições de velocidade de carregamento e terem a preocupação de serem bastante intuitivos, para que os equipamentos possam comunicar facilmente com o cidadão.

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