A Akuo, empresa de desenvolvimento e produção de energias renováveis, acaba de inaugurar a Central Solar Fotovoltaica de Santas, localizada nos concelhos de Monforte, Borba e Estremoz, na região do Alentejo. Com uma capacidade de 181 MWp, esta é uma das maiores centrais solares de Portugal.
Vencedora do concurso público lançado pelo Governo português em agosto de 2019, a Central Solar Fotovoltaica de Santas foi financiada em conjunto com a MEAG e o Eiffel Investment Group e começou a injetar eletricidade na rede elétrica portuguesa no passado dia 15 de maio, tendo atingido a sua potência máxima este verão.
A Akuo, empresa francesa fundada em 2007, desenvolve e produz de forma independente energias renováveis a nível mundial. Abriu os seus escritórios em Portugal em 2018.
Além desta central, o concurso incluiu dois outros projetos de centrais fotovoltaicas na zona de Gavião, sendo que uma delas – a central de Margalha – já se encontra a ser construída. Estas três centrais fazem parte de um portefólio com uma capacidade total de 540 MWp.
Para Eric Scotto, Presidente e cofundador da Akuo, “esta central combina todos os critérios qualitativos de um projeto regional de 360°: eletricidade renovável, ciclo de vida exemplar, maximização do território, financiamento de cidadãos e projetos inclusivos que beneficiam os habitantes locais. Enquanto empresa, a Akuo orgulha-se de ser apoiada por parceiros como a MEAG e o Eiffel Investment Group em projetos tão ambiciosos como este em Portugal, onde a abordagem à inovação energética e social está muito alinhada com a nossa.”
Os promotores do projeto destacam o facto de a central beneficiar de um clima ameno, com uma média de 2.030 horas de sol por ano. “Este nível de exposição solar – um dos mais elevados da Europa – garante um grau de produtividade e competitividade acima da média para a produção fotovoltaica, fornecendo, assim, eletricidade local e renovável a mais de 100.000 habitações”, realça a empresa.
Central Fotovoltaica de Santas tem capacidade para fornecer eletricidade a mais de 100.000 habitações
Com os seus 336.448 módulos fotovoltaicos de baixo carbono em localizadores, esta central permite evitar mais de 70.000 toneladas métricas de emissões de CO2 por ano, uma poupança que representa o equivalente às emissões de 27.100 viagens à volta do mundo num automóvel de combustão interna.
A Akuo – através da sua plataforma de crowdfunding AkuoCoop em parceria com a Lendosphere – vai, entretanto, lançar uma campanha para a obtenção de um milhão de euros, destinada a financiar a expansão da central em mais 45 MW além da sua capacidade atual. Esta campanha está aberta a todos os cidadãos da União Europeia “mas, sobretudo, aos cidadãos e empresas portuguesas que queiram investir na transição energética do país e beneficiar da rentabilidade da central”, afirma a empresa.