O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) lança, em conjunto com a Endesa, e pelo segundo ano, um novo curso de Técnico Superior Profissional em Energias Renováveis. O curso foi desenhado em parceria com a Endesa, com o objetivo de dar suporte ao Projeto de Transição Justa do Pego, e de forma a contemplar os conhecimentos necessários para o setor de energias renováveis.
A parte letiva do curso é composta por 708 horas presenciais e 640 horas de formação em contexto de trabalho (estágio). A Endesa proporcionará a possibilidade de realização de um número significativo de estágios nos seus parques sempre que possível. As candidaturas são realizadas online através do portal de candidaturas do IPT, e terminam a 2 de outubro de 2024. O curso terá início a 21 de outubro de 2024.
O Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP), confere uma Qualificação Profissional de Nível V, que dá acesso via concurso interno a diversas licenciaturas do IPT (dispensando a candidatura ao Concurso Nacional de Acesso).
Os interessados encontrarão informação sobre o montante dos emolumentos e das propinas no portal do IPT, em https://www.ipt.pt.
Quem se pode inscrever no curso?
Podem inscrever-se todas as pessoas que possuam uma das seguintes qualificações:
- curso de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente;
- curso de ensino secundário profissional de Nível IV;
- diploma de especialização tecnológica (CET);
- grau de ensino superior que pretenda a sua requalificação profissional;
- candidatos que tenham sido aprovados nas provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos.
Face à transição energética e os compromissos assumidos por Portugal de descarbonização até 2030, o setor das energias renováveis é uma área em forte expansão e consequentemente este curso é uma oportunidade para o desenvolvimento de conhecimento e competências nesta área em que a procura de profissionais continua a aumentar.
Emprego na área das energias renováveis
Segundo o relatório “Renewable Energy and Jobs: Annual Review 2023” da The International Renewable Energy Agency (IRENA), o setor das energias renováveis empregou 13,7 milhões de pessoas em todo o mundo no ano 2022, um aumento de 1 milhão em relação a 2021. Representa ainda um aumento notável em comparação com 7,3 milhões de empregos em 2012.
A energia solar lidera o setor mundial das energias renováveis em termos de criação de emprego. Em 2022, este setor criou 4,9 milhões de empregos, o que representa um terço do total das energias renováveis.
O projeto da Endesa
A Endesa obteve em 2022, um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA para a instalação de mais de 600 MW em energias renováveis com armazenamento integrado de 340 MWh e um eletrolisador de 500 kW para a produção de hidrogénio verde.
Situado na Região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego, trata-se de um projeto economicamente sustentável que não depende de subsídios externos, e que representa um investimento da Endesa de 700 milhões de euros.
O sucesso da proposta da Endesa deve-se sobretudo aos projetos de desenvolvimento social e económico para a Região, uma vez que se compromete com a criação de 75 postos de trabalho permanentes, um Plano Global de formação e capacitação aos residentes e apoio às PME para que integrem os seus projetos na Região.
O projeto da Endesa foi concebido desde o início como uma colaboração com a Região de implantação do Projeto de Transição Justa do Pego e com os trabalhadores envolvidos no encerramento da central a carvão do Pego. A proposta apresentada pela Endesa inclui um Plano Global de formação e de desenvolvimento social e económico para a Região. A Criação de Valor Partilhado ou CSV (Creating Shared Value) com que a Endesa trabalha em todos os seus projetos visa maximizar o seu valor para a comunidade envolvente através de um conjunto de iniciativas que são construídas através de um processo participativo com os agentes locais. O que torna o projeto da Endesa em Abrantes único é precisamente o envolvimento das PME locais que vão desenvolver o seu modelo de negócio na Região, com projetos específicos.