Depois do Mustang Mach-E a Ford lançou na Europa o Explorer. Este SUV de segmento C é o primeiro Ford elétrico fabricado na Europa – o modelo é feito em Colónia, Alemanha, e tem uma presença visual forte, como comprovámos ao vivo.

Desenvolvido a partir da plataforma MEB do grupo VW, a mesma que serve modelos como o VW ID.4 ou o Skoda Enyaq ou o Audi Q4 e-tron, o Explorer já está à venda em Portugal. A gama inclui três versões: Single Motor RWD (com tração traseira com um motor) com bateria de capacidade útil de 77 KW e 286 cv (46.600 euros); Twin Motor AWD (tração integral com dois motores) com bateria de 78 KW de capacidade útil e 340 cv (53.700 euros); e um Single Motor com bateria de capacidade útil de 52 KW e 170 cv. A potência máxima de carregamento é de 135 KW no RWD de 286 cv, o que faz com que o modelo demore 28 minutos a ir dos 10 aos 80% de carga.

O novo Explorer é o primeiro automóvel de passageiros elétrico da Ford desenvolvido e construído na Europa

De acordo com a marca, o Explorer pode acelerar mais depressa do que um Ford Performance Focus ST, com 340 cv, o que significa que o modelo AWD pode atingir os 100 km/h em 5,3 segundos. A autonomia do Explorer vai de 385 km a cerca de 600 km.

 Bateria standard RWD ExplorerBateria alargada RWD Explorer/ Explorer PremiumBateria alargada AWD Explorer/ Explorer Premium
Capacidade útil (kWh)527779
Tempo de carregamento CC 10-80% (minutos aprox.)252826
Potência de carreg. máx. em CC (kW)145135185
Potência de carreg. máx. em CA (kW)111111
Potência (kW)125210250

No contacto que tivemos com este SUV da Ford, guiámos o Single Motor RWD com bateria de 77 KW que nos deixou bem impressionados. O Explorer evidenciou boa resposta ao acelerador sem ser brusco, garante um controlo da carroçaria estável, sobretudo para um C-SUV destas dimensões e peso, é confortável (bancos AGR), tem uma posição de condução ergonómica e está dotado de boas cotas de habitabilidade para os seus cinco ocupantes, incluindo ao nível do comprimento para quem está sentado nos bancos de trás.

Ágil, soma ao seu curto raio de viragem, uma direção assistida das mais fáceis de utilizar de que temos memória (com um único dedo viramos a totalidade da direção com enorme rapidez com o veículo imobilizado, o que facilita as manobras). O modo “B”, de regeneração de energia, é equilibrado e progressivo.

No habitáculo há um ecrã tátil central de 14,6” que se encontra na vertical inserido na consola, com comandos da climatização sempre visíveis na base, o que facilita. A sua originalidade está no facto de o “tablet” poder ser inclinado, num maior ou menor ângulo até 30 graus, para evitar reflexos. Quando se empurra o ecrã para trás, ganha-se um pequeno espaço de arrumação. A barra de som standard que está no tablier dá ao interior um toque premium. O nível de equipamento mais elevado dispõe também de um teto panorâmico

Em síntese: gostámos do Explorer. Com um design atrativo que inspira robustez, comportamento dinâmico e nível de conforto apelativos, o Explorer tem uma boa relação preço/qualidade para as empresas, fruto da dedução do IVA. Desilude na autonomia das versões com bateria de menor capacidade, de 365 km anunciados. Para alcances maiores, alinhados mais com aquilo que o mercado já oferece, há que optar por versões de bateria de maior performance, necessariamente mais caras.

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