A Câmara do Fundão vai testar um compartimento individual para quem queira trabalhar num espaço camuflado na natureza, um Eco Work, cujo primeiro “escritório” está instalado entre as árvores junto à Casa do Guarda de Alcongosta, na serra da Gardunha.
A primeira de outras cápsulas projetadas para o concelho é um protótipo que em breve vai começar a ser utilizado a título experimental, depois de concluído o processo de licenciamento.
“É um protótipo, um projeto puramente experimental, a que chamamos uma cápsula, numa perspetiva de lógicas de trabalho individualizado, com abordagens muito conectadas com a natureza”, adiantou à agência Lusa o presidente do município, Paulo Fernandes.
Trata-se de um projeto para testar e que não é para entrar de imediato no mercado.
Forrado por fora a cortiça, com veios a imitar o tronco de uma árvore, como as que tem à volta, discreto na envolvente, o espaço tem uma janela lateral e outra ampla, na parte frente, com vista para a Cova da Beira e para a serra da Estrela, com uma secretária a partir de onde se pode trabalhar num local sossegado e com ligação à Internet.
De acordo com o presidente da Câmara do Fundão, o protótipo vai servir para definir abordagens à rede de Eco Work, que está a ser planeada.
Onde vão estar instalados estes espaços
A intenção é esses espaços serem instalados enquadrados com a paisagem e “em sítios pouco prováveis e muito integrados no contexto natural”.
Quando o protótipo estiver licenciado, o município está a projetar instalar vários em diferentes locais da serra da Gardunha, mas também junto ao leito de ribeiras e rios, de praias fluviais e outros locais “que tenham uma grande expressão paisagística”, enumerou Paulo Fernandes.
“Essas experiências são hoje importantes para a diversificação dos lugares onde se pode trabalhar, nomeadamente nas áreas das tecnologias, mas não só”, frisou o autarca.