O Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO deste ano mostrou-se mais competitivo, com várias equipas a lutar pelo título até à última prova. Que análise faz desta temporada de 2024?
Carlos Ferraz (CF), Diretor da Mobilidade Elétrica da Prio: Foi sem dúvida um campeonato muito disputado, com a decisão a ser feita apenas na última prova e com diferentes vencedores ao longo da temporada.
Isto demonstra não só o grande empenho que os participantes estão a colocar neste campeonato, mas também a forte aposta dos fabricantes de automóveis assim como diferentes empresas ligadas à transição energética e à descarbonização dos transportes.
Não quero deixar de ressalvar também o grande profissionalismo com que foram organizadas as diferentes etapas, a cargo de cada um dos clubes organizadores, assim como a excelência organizativa do promotor do campeonato da responsabilidade da My Time/CCP.
A Prio tem sido um parceiro fundamental no Campeonato de Portugal de Novas Energias, ao qual dão também o vosso nome. Qual é a importância desta associação para a marca?
CF: A associação da PRIO ao Campeonato de Portugal de Novas Energias é de extrema importância para a marca, pois reflete o nosso compromisso com a sustentabilidade e a inovação. Este campeonato, que é a única competição automóvel 100% verde em Portugal, permite-nos demonstrar o potencial das energias renováveis no desporto motorizado. Através desta parceria, conseguimos promover a mobilidade elétrica e a transição energética, alinhando-nos com a nossa missão de contribuir para um futuro mais sustentável.
Além disso, a participação ativa no campeonato reforça a nossa posição como líderes na produção de combustíveis verdes e na mobilidade elétrica em Portugal. A PRIO tem sido pioneira na disponibilização de postos de carregamento e continua a desenvolver novas formas de energia para reduzir o impacto ambiental.
Esta associação não só nos permite mostrar o nosso compromisso com a descarbonização, mas também inspira a comunidade e outros players do mercado a adotarem tecnologias limpas e a reconhecerem o potencial das energias renováveis.
“Através desta parceria, conseguimos promover a mobilidade elétrica e a transição energética, alinhando-nos com a nossa missão de contribuir para um futuro mais sustentável”.
O envolvimento da Prio neste campeonato tem permitido à empresa reforçar a sua posição como promotora da mobilidade elétrica em Portugal. Que impacto têm sentido a nível de visibilidade e perceção da marca Prio junto do público?
CF: O envolvimento da PRIO no Campeonato de Portugal de Novas Energias tem tido um impacto significativo na visibilidade e perceção da marca junto do público. Esta associação tem permitido à PRIO consolidar a sua mensagem na promoção da mobilidade elétrica e na transição energética em Portugal, bem como levado o público a pesquisar e informar-se mais sobre este tema.
Através da participação ativa no campeonato, temos conseguido demonstrar o nosso compromisso com a sustentabilidade e a inovação. Este campeonato, que é a única competição automóvel 100% elétrico em Portugal, serve como uma plataforma para a PRIO mostrar o potencial das energias renováveis no desporto motorizado e na utilização diária.
E em termos de promoção da mobilidade elétrica, notam que o campeonato tem contribuído para sensibilizar o público e fomentar a transição para veículos elétricos?
CF: Um dos grandes objetivos deste campeonato é poder levar a mobilidade elétrica a diferentes pontos do nosso país. Lembro que o CPNE PRIO é composto por 7 etapas, com provas de norte a sul de Portugal, passando pelo interior e os arquipélagos dos Açores e da Madeira. É importante que as pessoas possam ver veículos elétricos utilizados no dia a dia neste tipo de competições pois demonstra, acima de tudo, a sua versatilidade.
Para 2025, a Prio continuará a dar nome ao campeonato de novas energias? Podem adiantar-nos alguma novidade para a próxima edição?
CF: Do nosso ponto de vista ainda podemos contribuir na divulgação da mobilidade elétrica através do apoio a esta prova pelo que em 2025 manteremos o nome da PRIO no campeonato. Não podemos dar ainda muitos pormenores, mas adianto que deveremos conseguir levar o campeonato a novas localizações e que a primeira etapa – o Oeiras Eco Rally-Portugal, inserido no campeonato FIA – será bastante inovadora.
Além do campeonato, quais são os próximos passos da Prio no que diz respeito à expansão da rede de carregamento elétrico e ao apoio à transição para a mobilidade sustentável?
CF: Começamos esta jornada em 2010, com a instalação de um posto de carregamento rápido num posto de abastecimento convencional e fomos a primeira empresa a disponibilizar cartões de carregamento para a Mobilidade Elétrica em 2017.
Estamos por isso comprometidos e completamente empenhados na transição energética e na descarbonização dos transportes. Fazemo-lo através da mobilidade elétrica, mas também com outros produtos inovadores como são os biocombustíveis.
Temos efetuado um grande investimento no que diz respeito à expansão da rede de carregamento, mas avançamos também noutras frentes. Estamos na vanguarda com o serviço que prestamos enquanto Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e continuamos a trabalhar para que os nossos clientes tenham acesso a soluções inovadoras ao preço justo que desde sempre os habituamos. É um trabalho contínuo.
Acreditam que a mobilidade elétrica está finalmente a ganhar tração em Portugal? Que desafios ainda precisam de ser superados para acelerar esta transição?
CF: Portugal é sem dúvida um dos países europeus mais desenvolvidos no que diz respeito à mobilidade elétrica e à penetração no mercado deste tipo de veículos.
Desde janeiro e até ao final do mês de novembro de 2024, 32% dos veículos ligeiros novos vendidos em Portugal tinham motorização 100% elétrica ou hibrida plug-in. A média europeia é de 20% e em Espanha o valor fica-se pelos 10,9%.
No nosso entender estes números traduzem as vantagens do modelo implementado em Portugal. Devemos melhorá-lo, mas sem disrupções. O investimento privado só é possível com estabilidade legislativa e regulatória.
Portugal está definitivamente na vanguarda da eletrificação da mobilidade ligeira mas há ainda muito trabalho por fazer. Não nos podemos deslumbrar.