O Ministério das Finanças da China anunciou uma diretriz para que, pelo menos, 30% dos veículos adquiridos para uso público devem ser elétricos e híbridos.
As agências governamentais de aquisições devem dar prioridade à compra desses veículos, desde que cumpram os requisitos funcionais e operacionais necessários, informou a televisão estatal CCTV.
O ministério das Finanças da China disse ainda que, para situações em que os veículos têm rotas fixas, como os que operam principalmente em áreas urbanas, apenas devem ser adquiridos modelos 100% elétricos.
Também para a contratação de serviços de aluguer de automóveis, os organismos governamentais devem dar prioridade à utilização de veículos elétricos.
Esta diretriz é a mais recente de um conjunto de políticas e medidas tomadas nos últimos anos, entre as quais incentivos fiscais para a compra de elétricos, com o objetivo de promover a mobilidade elétrica, reduzir a poluição nas cidades chinesas e impulsionar o setor e indústria das novas energias.
Considerando a dimensão do mercado chinês e o peso do estado, este é mais um impulso que vai reforçar a capacidade da China em produzir e vender elétricos.
As vendas domésticas na China de veículos elétricos – incluindo baterias puras e híbridos – vão ser de 20% no próximo ano, o que dará mais de 12 milhões de unidades, em 2025, de acordo estimativas de bancos de investimento e grupos de investigação citadas pelo jornal britânico Financial Times.
O rápido crescimento da indústria chinesa de veículos elétricos ameaça também as marcas alemãs, japonesas e norte-americanas, que dominam o mercado mundial de automóveis há várias décadas. E apesar das tarifas adicionais que a União Europeia decidiu aplicar aos automóveis “Made in China”, não é crível que a medida seja suficiente para travar o ímpeto chinês de colocar nos mercados ocidentais viaturas elétricas com autonomias de destaque a preços convenientes.