O nascimento de uma vitela por fertilização in vitro, criada para produzir menos metano, poderá ajudar os agricultores e produtores de gado britânicos em direção ao objetivo “net zero”.

A vitela, de nome Hilda, faz parte de um projeto chamado Cool Cows, que visa criar gado que produza menos emissões de gases com efeito de estufa.

Rob Simmons, do Paragon Veterinary Group, outro parceiro do projeto, afirmou: “A melhoria genética da eficiência do metano vai ser fundamental para continuar a fornecer alimentos nutritivos ao público, controlando simultaneamente o impacto das emissões de metano no ambiente no futuro”.

Hilda é a primeira vaca do rebanho Langhill, sediado em Dumfries e utilizado no projeto, a nascer por fertilização in vitro.

A técnica, que envolveu a fertilização dos óvulos da mãe de Hilda num laboratório dirigido pelo Scotland’s RUral College (SRUC), permitiu que a próxima geração da manada nascesse oito meses mais cedo do que era possível anteriormente.

O processo será agora repetido, e os cientistas preveem que tal duplicará a taxa de “ganho genético” na manada, acelerando drasticamente o processo de seleção e criação de animais mais “eficientes em termos de metano”.

A agricultura produz 12% dos gases com efeito de estufa do Reino Unido.

O metano é um gás com efeito de estufa 84 vezes mais potente do que o dióxido de carbono e, embora só persista na atmosfera durante 20 anos, os prazos legalmente vinculativos para reduzir as emissões do Reino Unido para zero até 2050 tornaram-no um objetivo para os decisores políticos.

A agricultura é responsável por cerca de 12 por cento das emissões de gases com efeito de estufa do Reino Unido, a grande maioria das quais provém do metano expelido pelo gado em arrotos e flatulência.

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