Foi publicado um estudo que revela o impacto dos suportes para bicicletas montados no tejadilho e na traseira na autonomia dos veículos elétricos.

A análise concluiu que as cargas montadas na retaguarda são significativamente mais eficientes do que as montadas no tejadilho do ponto de vista do efeito que causam na autonomia.

A Aviloo, especialista em diagnóstico de baterias de veículos elétricos, levou em conta o consumo de energia de um Volkswagen ID.4 em condições reais. O estudo, realizado na autoestrada A2, a sul de Viena, Áustria, testou o SUV elétrico em três cenários diferentes: sem qualquer suporte/barras de tejadilho, com um suporte de tejadilho carregado e com um suporte traseiro carregado. A carga consistia em três bicicletas de trekking de 28 polegadas.

Cada configuração foi testada à noite, para evitar a influência do tráfego, num percurso fixo de 60 km de ida e volta na autoestrada, com uma velocidade constante.

Os resultados mostram que, a 130 km/h, o ID.4 sem carga consumiu cerca de 19 kWh/100 km (3,2 m/kWh), enquanto a versão com a carga montada na traseira gastou cerca de 22 kWh/100 km (2,8 m/kWh). No entanto, o valor do consumo com as bicicletas montadas na barra de tejadilho aumentou para cerca de 32 kWh/100 km (1,9 m/kWh).

Ou seja, o estudo apurou que as cargas montadas na traseira são significativamente mais eficientes do que as montadas no tejadilho.

Outra ilação: um ajuste da velocidade permite manter a autonomia.

Com a barra de tejadilho, uma pessoa que conduza habitualmente a 130 km/h teria de reduzir a sua velocidade em 33 km/h para 97 km/h (60 mph) para atingir o mesmo nível de consumo que teria se conduzisse sem qualquer carga.

Mas com o suporte montado na retaguarda, a redução de velocidade necessária é de apenas 7 km/h. Isto significa que os hábitos de condução podem, essencialmente, manter-se inalterados quando se utiliza um suporte de bicicletas ou de carga montado na retaguarda.

Nikolaus Mayerhofer, CTO da Aviloo e piloto de testes em todas as rondas de ensaios, refere que “as nossas medições mostram claramente que os porta-bagagens montados na retaguarda têm um impacto mínimo na autonomia e no comportamento de condução. As cargas no tejadilho, no entanto, resultam em perdas claras. A principal razão física para as diferenças é a resistência do ar – que não aumenta linearmente, mas quatro vezes mais. Com o dobro da velocidade, a resistência do ar quadruplica o consumo de energia”.

O que se destacou no estudo foi a diferença significativa no consumo entre os cenários carregados, que se tornou cada vez mais notória a velocidades mais elevadas.

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