A primeira rota de transporte pesado 100% elétrica em Portugal começou a funcionar entre Oliveira de Azeméis e Mangualde, numa operação logística contínua da transportadora TJA envolvendo dois camiões MAN de última geração 100% elétricos e um carregador ultrarrápido da Siemens, ligado por soluções integradas de gestão de energia da Galp.
A frota TJA de camiões zero emissões, composta por dois MAN eTGX com 500 km de autonomia, estará ao serviço do grupo Simoldes no transporte de peças automóveis entre a sua fábrica em Oliveira de Azeméis e a Stellantis, sediada em Mangualde, “abrindo um novo capítulo no transporte rodoviário de mercadorias com zero emissões em Portugal”, nas palavras da Galp em comunicado.
O transporte rodoviário de mercadorias é uma das espinhas dorsais da economia global. Atualmente, é responsável por cerca de 9% das emissões globais de CO2, a maioria das quais provenientes de camiões de transporte médios e pesados.
A Galp é a fornecedora da solução de carregamento, integrando pela primeira vez em Portugal um carregador de veículos pesados com 400 kW de potência. Desenvolvido pela Siemens em Corroios, este carregador ultrarrápido instalado na TJA em Estarreja permite carregar (20%-100%) a bateria de um camião elétrico em cerca de 60 minutos.
A operação de 24 horas é realizada com recurso a dois camiões elétricos em conjunto com dois semirreboques, em que o planeamento dos carregamentos é otimizado para máxima rentabilidade da operação. O acompanhamento e a gestão otimizada de toda a operação de carregamento é feita através da plataforma digital Galp.
“Sentimos que estamos a dar um contributo importante para uma transição limpa no nosso setor de atividade”, afirma João Miguel Amaral, administrador da TJA. “Este projeto representa mais do que uma renovação de frota – é um compromisso firme com o futuro e com a sustentabilidade do setor logístico que foi possível graças ao impulso do nosso cliente, a Simoldes, e ao apoio dos nossos parceiros, Galp e MAN”, conclui João Miguel Amaral.
A Galp destaca que a descarbonização, que se tornou um imperativo global e uma prioridade para governos, empresas e sociedade em geral, está a empenhar a empresa “no fornecimento de soluções de baixo carbono, sendo a eletrificação uma das vias possíveis em desenvolvimento no transporte pesado de mercadorias”.