Duas semanas depois da revelação internacional do novo C5 Aircross, a Citroën mostrou o modelo à imprensa portuguesa, na zona de Cascais. Trata-se do novo porta-estandarte da marca francesa que completa também a renovação da gama da Citroën em menos de dois anos.

A segunda geração do C5 Aircross, cujo concept foi apresentado no outono de 2024, no Salão Automóvel de Paris, terá as suas encomendas abertas em junho, chegando às mãos dos clientes no último trimestre do ano.

De momento, a marca ainda não avançou com os preços para uma viatura C-SUV que a Citroën sublinha ser o seu maior SUV feito até agora, com 4652 mm comprimento (+150 mm do que o anterior C5 Aircross) e 1.902 mm de largura. A distância entre eixos foi aumentada para 2.784 mm, mais 60 mm do que no anterior C5 Aircross.

Desenvolvido a partir da plataforma do Grupo Stellantis STLA Medium, o novo C5 Aircross terá dois tipos de motorização no arranque da comercialização (100% elétrico e um mild hybrid de 48V com 145 cv), aos quais se acrescentará um terceiro tipo de motorização no início de 2026, uma variante híbrida plug-in (com 195 cv e autonomia combinada de 85 km e urbana acima de 100 km).

O mild hybrid combina um motor turbo de 3 cilindros e 1,2 litros de 136 cv (100 kW) com um motor elétrico de 12 cv (9 kW – pico de 28 cv / 21 kW) alimentado por uma bateria de 0,9 kWh situada sob o banco do condutor. O motor elétrico está diretamente integrado na nova caixa automática de dupla embraiagem eDCS de 6 velocidades.

A tecnologia híbrida plug-in do novo C5 Aircross combina um motor turbo de 1,6 litros e 4 cilindros de 150 cv (110 kW) com um motor elétrico de 92 kW (125 cv), alimentado por uma bateria de 21 kWh situada sob o piso no centro do veículo, para uma potência combinada de 195 cv (143 kW). O motor elétrico está integrado na nova caixa automática de dupla embraiagem eDCS de 7 velocidades.

Relativamente ao 100% elétrico, que deverá representar entre 30% a 40% das vendas totais do modelo em Portugal, na estimativa da marca, o SUV vai ter duas unidades: uma animada por um motor elétrico de 210 cv/157 kW que se articula a uma bateria de 73 kW que garante um alcance de 520 km; outra composta por um propulsor de 230 cv/170 kW, uma bateria de 97 kW e 680 km de autonomia.

O C5 Aircross elétrico chama-se Citroën ë-C5 Aircross.

O condutor pode escolher entre três modos de condução. Normal é o modo predefinido, com a potência e o binário ligeiramente limitados quando a pressão do acelerador se situa entre 0 e 70%; acima de 70%, a potência e o binário estão totalmente disponíveis. O modo Eco otimiza a autonomia reduzindo o desempenho do aquecimento e do ar condicionado, bem como a potência e o binário, que permanecem totalmente disponíveis, com um “kick-down”, quando necessário. O modo Sport dá sempre 100% de potência e binário, bem como regulações específicas do acelerador, da direção e da transmissão para um desempenho máximo.

Um sistema de travagem regenerativa de três fases otimiza a utilização da energia cinética do automóvel para recarregar a bateria. Utilizando as patilhas atrás do volante, o condutor pode selecionar um de três níveis de força de desaceleração (-0,6 m/s2, -1,2 m/s2 ou -1,8 m/s2) correspondentes a três níveis de recarga. Os dois modos com as taxas de desaceleração mais elevadas – e, por conseguinte, as taxas de recarga mais elevadas – acendem automaticamente as luzes de travão.

Está equipado, de série, com um carregador trifásico de 11 kW e, a partir de 2026, poderá receber um carregador bidirecional trifásico de 22 kW opcional para um carregamento ultrarrápido, que lhe permite recuperar até 160 km de autonomia em apenas dez minutos.

Os tempos de carregamento de 20% a 80% com o carregador de bordo standard de 11 kW são os seguintes:

• Para a bateria de 73 kWh: 6 horas e 45 minutos numa wallbox monofásica de 7,4 kW, 4 horas e 30 minutos numa wallbox trifásica de 11 kW, 30 minutos num terminal ultrarrápido de 160 kW.
• Para a bateria de 97 kWh: 8 horas e 55 minutos numa wallbox monofásica de 7,4 kW, 6 horas e 30 minutos numa wallbox trifásica de 11 kW, 27 minutos num terminal ultrarrápido de 160 kW.

A partir de 2026, o ë-C5 Aircross equipado com o carregador de bordo bidirecional trifásico de 11 kW ou 22 kW poderá beneficiar da tecnologia V2L (Vehicle-to-Load).

Haverá três níveis de equipamento, um básico, um intermédio e um mais elaborado. As designações dos níveis de equipamento serão novas, mas o representante para Portugal da marca não adiantou como é que se chamarão.

O “nível 1”, de acesso, estará disponível para o híbrido de 145 cv e para o EV de 210 cv. O “nível 2” e o “nível 3” poderão ser encontrados no híbrido de 145 cv, no EV de 210 cv e 230 cv e no PHEV de 195 cv.

No interior, há um grande tejadilho panorâmico em vidro (1.069 x 720 mm), cuja parte frontal pode ser aberta eletricamente; uma cortina elétrica pode ser utilizada para ocultar todo o tejadilho.

Os preços deverão ser revelados pela Citroën dentro de algumas semanas, visto que as encomendas arrancam em junho.

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