A equipa portuguesa Carlos Silva/Sancho Ramalho, em BMW i3, participou no eRallye Ardenne Roads, na Bélgica, prova a contar para a FIA Eco Rally Cup o campeonato mundial da modalidade. A dupla conseguiu uma excelente prestação, tendo ficado em segundo lugar.
Visivelmente satisfeitos com o desempenho nesta participação internacional, tanto piloto como navegador que, são os campeões nacionais em título, assumiram a possibilidade de, perante os resultados alcançados, participarem, já este ano, noutras provas da Bridgestone FIA Eco Rally Cup.

Para Carlos Silva, foi uma prova marcada por grande dificuldade e extremamente competitiva, na qual os pequenos detalhes acabaram por fazer a diferença. Um grande desafio sobretudo por se tratar de uma prova disputada na Bélgica, país reconhecido pela qualidade dos pilotos e navegadores na regularidade, e na qual marcaram presença as melhores equipas da atualidade.
Da participação no eRallye Ardenne Roads, Carlos Silva sublinha a dificuldade que teve para encontrar o ritmo adequado para se posicionar nos lugares cimeiros da classificação, uma vez que os troços implicam uma técnica muito diferente do que acontece em Portugal.
Fruto dessa melhoria, que foi visível no resultado alcançado nas diversas “especiais”, chegando inclusive a vencer uma delas, e sobretudo a vitória na eficiência energética, possibilitaram chegar ao fim numa posição que, conjugada com a eficiência energética, lhes permitiu ficar em segundo lugar da geral, e muito próximos de vencerem a prova.
Já Sancho Ramalho, o navegador da equipa PEP – Prolama/Consilcar, que ficou no pódio na Bélgica, começou por salientar a importância dos patrocinadores que permitiram que a equipa pudesse disputar esta prova além-fronteiras, considerando que a equipa fez um bom rali, na senda do que já tinha acontecido no Oeiras Eco Rally. Sabendo antecipadamente que não seria uma participação fácil pois, na Bélgica, estavam presentes os melhores da disciplina de regularidade nas novas energias, a conjugação dos resultados entre regularidade, no qual ficaram em sétimo, e eficiência energética, que venceram, acabou por permitir o segundo lugar, que permite à equipa manter-se também nos lugares cimeiros da classificação internacional.
Ainda em relação à prova belga, o navegador realça a exigência da navegação e a extrema atenção que é necessário ter “aos pequenos detalhes”, falando do itinerário que incluiu passagem por estradas rurais, com muito movimento fruto do trabalho nas diversas explorações agrícolas na região, as quais trouxeram dificuldades acrescidas “porquanto as mesmas eram estreitas, com muitas ligações próximas umas das outras, e por vezes com cortes momentâneos ocasionados pelo trabalho nos campos, pelo que a atenção foi fundamental para encontrar o percurso certo e alcançar o segundo lugar do pódio”.