Luca de Meo, Diretor Executivo da Renault, afirmou numa entrevista à publicação alemã Welt que o ritmo de redução de custos com a produção de veículos elétricos fará com que, a breve prazo, alguns BEV tenham um valor não apenas equiparado ao dos automóveis a gasolina, como inferior. O CEO da Renault afirma que esse ponto de equilíbrio poderá ser alcançado este ano se a evolução positiva dos últimos meses se mantiver, dando como exemplo o próximo Twingo, o qual será lançado no próximo ano: “O novo Twingo elétrico será mais económico do que o atual Clio híbrido. Os automóveis pequenos serão o primeiro segmento em que conseguiremos atingir a paridade de preços entre os motores de combustão interna e os automóveis elétricos. Isto aplica-se tanto aos pequenos automóveis urbanos como aos veículos de distribuição urbana”.

No caso do Renault Twingo, a expectativa é que custe menos de 20.000 euros antes dos subsídios. O Twingo basear-se-á na plataforma AmpR Small, já presente no R5 e no R4, e será produzido na fábrica de Novo Mesto, na Eslovénia, onde também será feito o próximo Dacia Spring.

A quarta geração do Twingo deve recorrer a um motor de 85 cv fornecido pela Shanghai eDrive e utilizar baterias LFP (lítio-ferrofosfato) de cerca de 30 kWh fabricadas pela CATL na Hungria. Com um consumo de combustível pretendido de apenas 10 kWh/100 km, a sua autonomia será de cerca de 250-300 km WLTP.

O facto de serem os citadinos e os veículos comerciais ligeiros de “last mile” os primeiros a atingir esta paridade deve-se ao facto de terem, por norma, baterias de mais baixa capacidade, logo mais baratas.

No entanto, a Renault também tem como objetivo atingir a paridade de preços no segmento C com a sua próxima geração de automóveis compactos elétricos, que deverão chegar a partir de 2028.

Isto significa que os futuros elétricos Mégane e Scénic deverão apresentar um custo semelhante ao dos seus equivalentes com motor de combustão interna.

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