A Associação Smart Waste Portugal marcou presença no Pavilhão de Portugal na Expo 2025 Osaka, Japão, com uma exposição que decorreu nos passados dias 4 e 5 de outubro, a convite da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Já na sua fase final, a Expo registou cerca de 250 mil visitantes por dia, com o pavilhão nacional entre as suas atrações.

O Pavilhão de Portugal tem procurado destacar soluções inovadoras que conciliam a conservação dos ecossistemas marinhos com o crescimento económico sustentável. Neste contexto, a Smart Waste Portugal pretendeu demonstrar como a economia circular pode ser um caminho para a preservação do oceano, através da minimização e valorização de resíduos.

Os exemplos em exposição no Japão vieram de associados e parceiros da associação, que contribuem para a transição para um paradigma mais sustentável:

  • BeyondComposite, com o projeto RecycledReef, que consiste no desenvolvimento de sistemas modulares baseados na reciclagem de resíduos plásticos, para beneficiar e monitorizar a vida marinha. Para alcançar este objetivo, o projeto centra-se em vários pontos: o desenvolvimento de uma solução modular de recife artificial através do ecodesign; o estudo de um processo de reciclagem de resíduos plásticos; a criação de materiais EcoComposite a partir de plásticos previamente reciclados e transformados; e o desenvolvimento de sistemas de recifes modulares produzidos com estes compósitos reciclados.
  • Ernesto São Simão, com a linha Ergomarine, que desenvolve produtos inovadores, fabricados em Portugal, para uma ostreicultura (criação de ostras) mais sustentável em diferentes sistemas: flutuantes, rotativos, lanterna, entre outros. A gaiola Ergomarine é insubmersível, ergonómica, leve e de fácil montagem. Produzida em PEHD virgem (Polietileno de Alta Densidade), pode ser desmontada e reciclada no final do seu ciclo de vida. O PEHD foi escolhido pela sua resistência e durabilidade, pela capacidade de sequestrar carbono e pela sua reciclabilidade de baixo custo.
  • Fapil, com a linha Ocean, produzida em Portugal, composta por 35 produtos diferentes para o cuidado do lar. Cada artigo é fabricado com, pelo menos, 20% de plástico marinho reciclado, proveniente de cordas e redes de pesca descartadas e recolhidas no oceano, combinado com outros materiais reciclados e também uma pequena percentagem de plástico virgem.
  • Zouri, marca de calçado que, em parceria com a Ecoibéria, utiliza resíduos plásticos recolhidos na costa portuguesa, combinados com materiais ecológicos e sustentáveis, na sua produção. O calçado é produzido em Guimarães, onde cada par é fabricado com precisão e atenção ao detalhe. A Zouri utiliza materiais ecológicos e veganos, transformando resíduos plásticos em matéria-prima misturada com algodão orgânico, borracha natural e Piñatex, um tecido feito a partir de folhas de ananás. Todos os componentes são sustentáveis, sendo que a marca evita, desde o início, o uso de microfibras, couro e materiais sintéticos.

Além da exposição, a Associação Smart Waste Portugal apresentou em Osaka quatro vídeos para ajudar os participantes a conhecer melhor como a economia circular pode contribuir para a preservação dos oceanos, as iniciativas mencionadas acima, o trabalho desenvolvido pela associação e a criação do Cluster Portuguese Circularity.

O novo Cluster, coordenado pela Smart Waste Portugal e pelo CECOLAB – Laboratório Colaborativo para a Economia Circular, tem como objetivo acelerar, transformar e apoiar as empresas portuguesas na adoção e implementação de soluções e modelos de negócio circulares, com vista à sua internacionalização e atuação em escala global.

Artigo anteriorZeekr 001 estreia plataforma de 900V e recarrega em apenas sete minutos
Próximo artigoGoverno considera que hidrogénio foram “promessas vãs” e defende que biometano teria sido aposta mais vantajosa